Reforma Tributária 2026: o que especialistas afirmam e como sua empresa deve conduzir a Preparação Tributária
A reforma tributária avança e o mercado já sente os impactos das primeiras mudanças. Empresas que tratam essa transição apenas como atualização de sistemas assumem riscos desnecessários. A complexidade cresce porque a nova estrutura exige revisão de processos, mudanças na rotina fiscal e ajustes tecnológicos. Preparação Tributária define o ritmo dessa adaptação.
Especialistas vêm chamando atenção para o aumento de informações nas notas fiscais e para a necessidade de interpretar corretamente cada dado. Fernando Brolo, da Logithink, afirma que muitos empresários ignoram a dificuldade de processar documentos no novo formato. Ele observa que o ERP precisa ler e validar cerca de duzentos novos campos e explica que falhas nessa leitura interrompem recebimentos, atrapalham o contas a pagar, eliminam créditos tributários e afetam o caixa.
Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, acompanha esse movimento e analisa que as PMEs precisam reorganizar controles fiscais e contábeis, revisar o regime tributário, atualizar sistemas, planejar fluxo de caixa e treinar equipes. Ele afirma que quem inicia esse trabalho antes entra em 2026 com vantagem estratégica e transforma a reforma em um processo de modernização operacional.
O vice-presidente do SERAC, Jhonny Martins, observa que a adaptação inclui ajustes nos sistemas de notas, nos meios de pagamento e na integração com bancos e plataformas de arrecadação. Ele explica que o split payment exige maturidade financeira, porque interfere no ritmo de pagamento e recebimento. Segundo ele, empresas que estruturam esses processos agora evitam que o imposto limite o crescimento futuro.
Cláudio Costa, da Selbetti Business Consulting, amplia a análise e destaca que a reforma exige integração entre áreas, automação inteligente e indicadores consistentes. Ele alerta que quem posterga a adaptação perde competitividade, aumenta risco de autuação e compromete a organização financeira. Douglas Farah, da AG Tax, confirma que muitas empresas ainda não atualizaram ERPs, cadastros fiscais e mapeamentos internos e afirma que essa demora provoca inconsistências, atrasa faturamentos e reduz eficiência.
Enquanto especialistas alertam sobre a complexidade, a Receita Federal adota uma abordagem diferente. O órgão afirma que os principais campos da nota fiscal permanecem iguais e considera as mudanças como parte do desenvolvimento natural dos sistemas. A Receita explica que o empresário precisa apenas informar se a venda atende o setor privado, o setor público ou entidades vinculadas ao Prouni. A instituição também esclarece que, no início da transição, a empresa vincula cada produto ao respectivo código e, depois dessa etapa, o sistema identifica automaticamente o item durante a venda. Marcos Flores, responsável pelo Programa de Implementação da Reforma Tributária do Consumo, incentiva empresários a acompanhar as lives e os manuais do projeto-piloto e afirma que a calculadora integrada aos ERPs aumenta segurança e reduz divergências interpretativas.
A reforma também altera o acompanhamento dos créditos tributários. O sistema identifica créditos pagos, parcialmente pagos ou não pagos e mostra quando o adquirente pode recolher o tributo para liberar a operação e ajustar valores com o fornecedor. Essa estrutura cria previsibilidade e reduz erros ao longo das cadeias produtivas.
Com tantas mudanças simultâneas, a Bom Pastor Contabilidade reúne empresários no dia 13 de dezembro, às 8h30, na Avenida Presidente Kennedy 3500, em um workshop dedicado à Reforma Tributária. O encontro reúne José Maria, Andrea Bastos, Dra. Mariana e outros profissionais que apresentarão os impactos reais da reforma, o funcionamento da nova nota fiscal, as exigências tecnológicas, as mudanças na apuração e as estratégias para proteger o caixa durante a transição. O evento inclui café e brindes e oferece uma visão prática e direta sobre como conduzir 2025 e entrar em 2026 com segurança e eficiência.






